Diferença entre margem de lucro bruta, líquida e de contribuição

   
Diferença entre margem de lucro bruta, líquida e de contribuição
Entenda qual é o significado de cada um desses termos e quais são as principais diferenças entre eles.
A margem de lucro é um dos principais indicadores para medir a rentabilidade de uma empresa. Porém, é preciso compreender que há diversas variações. Para isso, saber a diferença entre margem de lucro bruta, líquida e de contribuição é fundamental.
Nesse artigo, explicaremos todos os detalhes de cada um desses termos para que você possa compreender qual é o efetivo grau de representatividade de cada um deles. Não se trata de apontar que um é mais importante do que outro, mas sim perceber que cada um deles têm a sua utilidade de acordo com o contexto empresarial no qual se inserem.
 
O que é margem de lucro bruta?
A margem de lucro bruta é o cálculo mais simples que você pode fazer para determinar quanto está ganhando com a venda de um produto. Além disso, muitos utilizam essa técnica mais simples para descobrir qual é o preço médio que deve ser cobrado por um determinado produto ou serviço.
 
Para melhor compreender a margem de lucro bruta, vamos a um exemplo. Vamos supor que você venda um produto por R$ 200. Para confeccioná-lo, o gasto em matéria-prima e mão de obra foi de um total de R$ 100. Temos, portanto, uma margem de lucro bruta de R$ 100.
 
Isso porque nesse caso não são levadas em consideração outras despesas acessórias eventuais, como transporte, por exemplo. Em nosso exemplo, temos que os R$ 100 correspondem a 50% do valor do produto. Porém, isso não significa que esse dinheiro que sobra vá mesmo direto para o caixa da sua empresa.
 
O que é margem de lucro líquida?
A margem de lucro líquida é um cálculo um pouco mais complexo, pois envolve uma série de fatores. Em linhas gerais, podemos definir a margem de lucro líquida de um produto ou serviço como aquilo que realmente sobra depois de descontados os custos com matéria-prima, mão de obra e despesas eventuais.
 
Voltemos ao nosso exemplo. Um produto vendido por R$ 200 teve um custo de R$ 100 a título de matéria-prima e mão de obra. Porém, outras despesas administrativas, como impostos e transporte, fizeram com que você gastasse mais R$ 40. O resultado, portanto, foi uma sobra de R$ 60.
 
Veja que a margem de lucro líquida é sempre menor do que a margem de lucro bruta. Isso porque, nesse caso, são descontados todos os valores acessórios gastos desde a produção até a efetiva entrega do bem. Portanto, a cada produto de R$ 200 que você vende, o lucro é de R$ 60.
 
O que é margem de contribuição?
Por fim, temos ainda a margem de contribuição. Ela diz respeito aos valores acessórios que devem ser descontados do valor total recebido, mas que nem sempre podem ser calculados diretamente. É preciso, nesse caso, saber qual é o percentual de contribuição de cada um deles caso a caso.
 
Vamos retomar o nosso exemplo. Vamos supor que o produto foi comercializado por um vendedor, que recebeu uma comissão por essa venda. Essa comissão pode variar de vendedor para vendedor e, portanto, esse pode ser considerado um custo variável.
Ao diminuir os custos variáveis do valor bruto recebido, você obterá o valor final que efetivamente irá para o caixa da sua empresa. É fundamental, portanto, que o valor do produto seja suficiente para cobrir todas as despesas atreladas a ele, caso contrário você terá prejuízo em cada uma das transações.
 
Como fazer o controle das margens de lucro e contribuição?
Embora essa não seja uma tarefa difícil, manter o controle efetivo de margens de lucro de um grande volume de produtos requer muita atenção. Atualmente, não é recomendável que você faça cálculos como esses manualmente. O melhor é mesmo recorrer a um software de gestão financeira e contábil.
 
Esses aplicativos e serviços online permitam que você tenha acesso a esses resultados em tempo real. Ou seja, basta inserir os valores de venda para que o sistema calcule automaticamente quais foram os valores que sobraram. Da mesma forma, é possível encontrar o preço ideal de um produto por meio da construção dinâmica do preço, ajustando as variáveis.
Isso evita que a sua empresa cometa erros ou seja pega desprevenida com relação a possíveis flutuações nos custos variáveis dos produtos. Trata-se de uma maneira segura de garantir que em qualquer condição a sua empresa estará sempre comercializando produtos com a garantia de uma margem de lucro mínima.
 
Fique de olho no preço ideal de venda
Todos esses fatores que mencionamos acima são fundamentais para que a sua empresa possa encontrar o melhor valor de venda de um produto. Nem sempre essa é uma missão simples, pois é preciso conciliar uma série de fatores como preço médio do mercado, margens de lucro e custos operacionais. Em muitos cenários, vender mais barato apenas para vencer a concorrência pode representar perda de dinheiro se não houver uma estratégia por trás disso.
 
Há companhias, por exemplo, que escolhem alguns produtos para servirem como uma espécie de “isca”, atraindo consumidores para comprarem outros itens. Nesse caso, alguns itens são comercializados a preço de custo, ou seja, com margem de lucro líquido zero ou muito próximo a isso. Essa estratégia, porém, requer atenção redobrada para que sua empresa não acabe “pagando para trabalhar”.
 
O trabalho de formação de preços deve ser executado por pessoas especializadas no assunto. A informatização é essencial para minimizar os erros e dar mais agilidade ao processo, mas contar com pessoas que entendam a composição dos valores como parte estratégica do trabalho da empresa é igualmente importante.
 
Agora que você já sabe quais são as diferenças entre margem de lucro bruta e líquida, e margem de contribuição, certamente ficará muito mais fácil pensar na estratégia do seu negócio, não é mesmo?